28 de março de 2024

Bares, restaurantes e comércio de rua proibidos no Recife Antigo e Sítio Histórico de Olinda neste fim de semana

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Youtube/Reprodução

O Governo de Pernambuco anunciou, em coletiva na tarde desta quarta-feira (10), a proibição do funcionamento de bares, restaurantes e do comércio de rua no Sítio Histórico de Olinda e no Bairro do Recife neste fim de semana de carnaval. A  medida valerá das 20h desta sexta-feira (12) às 6h da segunda-feira (15). De acordo com o anúncio, haverá fiscalização reforçada em ambos os locais, além de outros pontos da Região Metropolitana, Agreste e Sertão. Transmissões ao vivo, as populares lives, só poderão funcionar com até 10 pessoas. Serão implementados cerca de 1,9 mil postos de trabalho para fiscalização, sendo um investimento de R$ 422 mil reais, em diárias para os profissionais de segurança pública.

“Essas decisões têm o objetivo específico de evitar as aglomerações, evitando portanto a proliferação do vírus. Ressalto que o recolhimento, nesse momento, será necessário para que você e as pessoas que ama possam viver, num futuro próximo, a alegria de outros carnavais”, ressaltou o secretário estadual de Saúde, André Longo. Ainda de acordo com o gestor, a partir de amanhã (11), será feita uma publicação no Diario Oficial que prorrogará o decreto que proíbe a utilização de som nos bares, restaurantes e estabelecimentos similares. A medida começou a valer em 13 de janeiro.

Durante a coletiva, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, afirmou que as fiscalizações não se limitarão aos principais centros de folia. “A partir da sexta-feira o Procon-PE vai estar nas ruas, nas periferias, em Água Fria, Engenho do Meio, Ladeira do Guadalupe. Vamos estar em todos os locais. Queremos pedir as pessoas que não saiam atrás daquela troça da La Ursa. Não saiam atrás de uma lata de querosene para pessoa ir dançar. Esse é o espirito do povo, mas nesse momento as pessoas têm que pensar nos seus avós, nos seus parentes, nos seus vizinhos, porque os números são graves”, alertou.

Sobre as lives, o secretário Pedro Eurico informou que só podem acontecer com até no máximo 10 pessoas. “Se divirtam em suas casas. Botem o seu som, dentro do seu apartamento ou do quintal da sua casa. Mas não pode ir pra rua. Aqueles que tentarem afrontar as determinações do governo, nós vamos aplicar os dispositivos do Código Penal Brasileiro, os artigos 268 e 330. As pessoas vão responder criminalmente por suas ações”, afirmou.

O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, afirmou que as atribuições das forças de segurança serão o policiamento ostensivo e o atendimento a denúncias de violações de medidas restritivas. “As forças de segurança pública da SDS atuaram com apoio das ações das demais secretarias, órgãos e entidades de combate a pandemia, e trabalharão integrados em parceria com os municípios, por meio das respectivas secretarias de segurança, guardas-municipais, órgão de trânsito, Defesa Civil e Controle Urbano”, informou.

O secretário da SDS também informou que durante seis dias haverá videmonitoramento dos tradicionais pontos de folia. O gestor lembrou que a população pode colaborar com denúncias através do telefone 190 do Centro Integrado do Comando de Controle (CICR), que funcionará 24h. A SDS também disponibiliza o telefone 181 ou 0800 081 5001 para denúncias. 

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes emitiu nota oficial sobre a medida tomada pelo estado. Confira:
 
A Abrasel tomou conhecimento há pouco que o Comitê Estadual de Acompanhamento da Covid-19 decidiu pelo fechamento dos bares e restaurantes no Recife Antigo e no Sítio Histórico de Olinda, a partir das 20hs desta sexta, 12, até as 6hs da segunda-feira, 15. Nas demais localidades o funcionamento dos estabelecimentos segue normalmente, inclusive com o Festival Gastronômico “Eu tenho mais que tá nessa”, criado para estimular os negócios do setor, que serão afetados pela baixa circulação de pessoas. Entendemos que a intenção é evitar aglomerações em pontos turísticos, mas precisamos externar que o decreto causará prejuízos aos estabelecimentos e lembramos que a imensa maioria deles vêm colaborando com os protocolos de segurança.  Diante disto, pedimos fiscalização rigorosa contra aglomerações, inclusive festas clandestinas, para que os empresários não sejam penalizados em vão.   

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