29 de março de 2024

Comunidade espera há 10 anos para Codevasf recuperar barragem no Sertão de Pernambuco

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A Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), com superintendência em Petrolina, passou a ser vista como “um braço direito” dos políticos que se “identificam” com o Governo da União que estendeu atendimento a políticos do longínquo estado do Amapá, como é o caso do senador Davi Alcolumbre, amigo do senador Fernando Bezerra Coelho, de Petrolina, cuja família controla a Codevasf há muito tempo.

A barragem foi construída nos idos da década de 1950 com material transportado no lombo de jumentos, e está localizada no município de Mirandiba, Sertão de Pernambuco, em uma fazenda pertencente à família do produtor rural José Guedes (que se vivo fosse estaria com mais de cem anos).

O manancial, segundo José Guerra Filho, um dos netos do velho José Guerra, “é uma servidão pública que atendia a pelo menos 50 famílias da região da Barreira, Croatá, Serra Redonda e parte do Riacho Grande, que deságua em regiões dos municípios de Carnaubeira da Penha, Salgueiro e adjacências”.

“O grande volume de água acumulado na barragem tinha uma utilidade bem ampla: desde o abastecimento humano, dos animais silvestres e domésticos, o rebanho de caprinos, ovinos e o gado (principalmente durante a seca), além o criatório de peixe que ajudava na mesa da comunidade”, comenta José Guerra Filho.

O agricultor disse que os tempos bons proporcionados pela barragem do seu avô foram interrompidos nos invernos de 1985 e 2012. “A parede não resistiu ao peso das água e quebrou causando um grande prejuízo à população que ficou privada do uso de uma água de boa qualidade. Reconstruimos a parede nas duas oportunidades, mas não tivemos condições de arcar com as despesas na ultima vez que ela quebrou”, conta, “lembrando que foram feitos vários apelos aos governo do Estado e à Codevasf, mas só recebemos promessa e nenhuma solução chegou até hoje”.

“Hoje, depois de apelarmos (em vão) até para emenda de parlamentares estaduais e federais, não temos mais a quem pedir para recuperar a parede desta obra que representa muito para esta grande quantidade de famílias que passaram a mendigar água que chega com dificuldade pelos caminhões-pipa”, lamenta José Guerra Filho.

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