19 de abril de 2024

A gripezinha veio para ficar e continua cada dia mais forte

Por Danizete Siqueira de Lima

Daqui a pouco, entre o final de fevereiro e começo de março, a maldita pandemia faz um ano que nos atormenta sem mostrar qualquer sinal de alívio, a não ser quando completarmos as etapas da vacinação, que se arrasta morosamente com a liberação da Oxford da Pfizer e Coronavac, produzida entre a China e o Instituto Butantan.

O Brasil até aqui não tem o que comemorar, pois já conta com aproximadamente 220.000 mortos, vê sua economia estagnada com empresas fechando as portas e gerando mais desemprego, a máquina administrativa emperrada e o governo federal mais perdido do que cachorro em comício. Pelo que nos consta as ajudas financeiras por parte do governo, no socorro aos estados e municípios, além dos abonos emergenciais e algumas linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, a exemplo do PRONAMPE, apesar de minimizar os efeitos da crise foram insuficientes e o governo não tem mais onde buscar recursos para socorrer a nossa combalida economia.

O presidente Bolsonaro, tem sido muito criticado pela imprensa local e/ou mundial por não ter até o presente correspondido as expectativas da população, no que diz respeito ao tratamento da pandemia. De olho numa reeleição demonstra está mais preocupado com a eleição para presidência das duas casas (Congresso e Senado) do que com o coronavírus, virando as costas para a cruel situação e deixando de dar à devida atenção as questões maiores quando se trata de salvar vidas.

Com isso passa a perder capital político para 2022, vendo pesquisas e mais pesquisas em seu desfavor, além de assistir panelaços com movimentos de Fora Bolsonaro e pressão política de alguns partidos que torcem por um possível impeachment.

A propósito lemos uma matéria escrita por Gerson Camarotti, comentarista político da GloboNews, do Bom dia Brasil, na TV Globo, e colunista do G1 desde 2012, que diz o seguinte: Com elevada reprovação da população na condução da pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tem se escudado no ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para evitar um desgaste de imagem ainda maior. Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 20 e 21 de janeiro, subiu de 42% para 48% o índice dos que acham o desempenho de Bolsonaro ruim ou péssimo no campo da pandemia, em relação ao levantamento de dezembro. Sua rejeição geral, no mesmo período, subiu de 32% para 40%. Esse desgaste fica evidenciado em outro ponto da pesquisa: para 46% dos entrevistados, o governador João Doria (PSDB-SP) fez mais contra a pandemia do que Bolsonaro. Já 28% apontam o presidente como político mais empenhado na tarefa do que o tucano.

Há o reconhecimento no núcleo do Palácio do Planalto de que a demora na aquisição das vacinas por parte do governo federal e o colapso em Manaus e em outras cidades da região Norte evidenciaram na população a falta de ação na gestão da saúde. Por isso, neste momento, a estratégia é tentar colocar Pazuello na linha de frente. No último final de semana, ele foi para Manaus sem previsão de volta, segundo informou o próprio Ministério da Saúde.

Em suma: urge que se faça algo diferente pois os empresários e apoiadores do presidente passaram a reclamar de sua conduta na crise sanitária de Covid-19 diretamente ao Palácio

do Planalto, fazendo acender a luz amarela dentro do governo. Segundo assessores presidenciais, as queixas começaram a ser feitas com maior intensidade nas últimas semanas e chegaram ao presidente.

No empresariado, as reclamações estão sendo feitas tanto por empresários que não são bolsonaristas, mas apoiam a agenda econômica do governo, quanto pelos bolsonaristas. Eles estão se queixando principalmente da lentidão do programa de vacinação e do risco de falta de vacinas. Avaliam que o presidente Bolsonaro tem responsabilidade no agravamento da crise e pedem correções de rumo.

Outros grupos de apoiadores como os evangélicos também estão reclamando diretamente ao Palácio do Planalto pelo agravamento da crise. Líderes de igrejas evangélicas avaliam que o governo precisa se empenhar mais para resolver o problema da falta de vacinas, principalmente nas negociações com a China para liberação dos princípios ativos que vão permitir a fabricação de vacinas no país pelo Instituto Butantan e Fiocruz.

A situação é caótica e a lentidão nos procedimentos só faz piorar. Resta-nos, como bons cristãos, orar muito e pedir a Deus que olhe para nós; caso contrário, a situação se tornará insustentável.

(*) O colaborador Danizete Siqueira de Lima entrou no início do mês de janeiro nas merecidas férias, e o Blog PE Notícias durante esse período está reeditando crônicas passadas até a sua volta em fevereiro. A crônica em tela foi publicada em 27 de janeiro de 2021.

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