28 de março de 2024

William Hurt morreu aos 71 anos – Foto: Gabriel Bouys/AFP

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William Hurt morreu aos 71 anos - Foto: Gabriel Bouys/AFP

O ator americano William Hurt, conhecido por filmes populares como “O Reencontro”, “Marcas da Violência” e “Filhos do Silêncio”, morreu aos 71 anos, noticiou neste domingo (13) a imprensa nos Estados Unidos.

Vários veículos citaram o filho de Hurt, Will, que anunciou em um comunicado: “É com grande tristeza que a família Hurt lamenta o falecimento de William Hurt, pai amado e ator ganhador do Oscar, em 13 de março de 2022, uma semana antes de seu 72º aniversário. Ele morreu em paz, junto da família, de causas naturais”.

O ator tinha sido diagnosticado com câncer terminal de próstata em maio de 2018, mas a nota de seu filho não especificou a doença como a causa de sua morte.

Hurt construiu sua fama na disposição de interpretar personagens excêntricos e incomuns, como o policial russo de “Mistério no Parque Gorki” (1983), o marido rico e distante em “Simplesmente Alice” (1990), de Woody Allen, e o homem determinado a construir uma máquina para ajudar deficientes visuais em “Até o fim do mundo” (1991).

Seu primeiro papel em um filme foi o de um cientista obcecado no longa “Viagens Alucinantes” (1980), de Ken Russell. Sua atuação em “Corpos Ardentes” (1981), com Kathleen Turner, o transformou em um símbolo sexual.

Em 1985, ele ganhou o Oscar por interpretar um presidiário homossexual em “O Beijo da Mulher Aranha” (1985), de Héctor Babenco, no qual contracenou com Sônia Braga.

Hurt também foi indicado ao Oscar por interpretar um professor de alunos com deficiência auditiva em “Filhos do Silêncio” (1986) e um âncora de televisão ignorante em “Nos Bastidores da Notícia” (1987).

Hurt interpretou um mafioso da Filadélfia em “Marcas da Violência” (2005), de David Cronenberg, um papel que lhe rendeu outra estatueta dourada. Apesar de aparecer no filme por apenas dez minutos, sua atuação teve grande impacto na crítica, que elogiou seu personagem, ao mesmo tempo “assustador” e “engaçado”.

Nos últimos anos, Hurt ficou conhecido do público mais jovem como o general Thaddeus Ross, personagem fictício do universo Marvel, presente no dia em que Bruce Banner se transforma no Incrível Hulk.

Além do “Incrível Hulk”, o personagem de Hurt apareceu em outros quatro filmes do universo Mavel, incluindo “Capitão América: Guerra Civil”, “Vingadores: Guerra Infinita”, “Vingadores: Ultimato” e “Viúva Negra”.

– Avesso ao estrelato –
Hurt nasceu em 20 de março de 1950 em Washington, DC, mas seu pai era diplomata e por isso viajou muito durante a infância.

Depois do divórcio de seus pais, sua mãe se casou com Henry Luce III, herdeiro do império Time-Life, e mudou-se para Nova York.

Hurt estudou teologia na Universidade de Tufts e em seguida se inscreveu na renomada escola de artes Juilliard em Nova York.

Apesar da fama crescente, o ator decidiu não se estabelecer em Hollywood, mas no Oregon.

Em várias entrevistas, deixou claro que se sentia alheio ao mundo das celebridades.

“Não me sinto confortável com tudo isso. Não me sinto confortável caminhando no tampete vermelho com smoking e vendo todas as mulheres com os peitos levantados e todos os homens vestidos como pinguins”, disse a um entrevistador.

Paradoxalmente, sua vida privada parece ter sido tirada de um filme de Hollywood.

O ator se casou com a aspirante a atriz Mary Beth Supinger e a seguiu a Londres para estudar arte dramática. Divorciaram-se quando voltaram a Nova York.

No fim da década de 1980, foi processado por uma ex-companheira, a bailarina Sandra Jennings, maãe de um de seus filhos.

Hurt tinha outros dois filhos de um casamento anterior e uma filha, chamada Jeanne, fruto de um relacionamento com a atriz francesa Sandrine Bonnaire.

Hurt falava francês fluentemente e também era piloto particular.

 

Por AFP

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